Julho Amarelo
mês de prevenção das Hepatites Virais
Julho é mês de combate às hepatites virais! Conhecida como “Julho Amarelo”, a campanha visa conscientizar sobre a importância da prevenção, do diagnóstico e do tratamento das hepatites virais.
Grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é uma inflamação no fígado que pode ser causada por vírus ou por outros fatores, como o uso de medicamentos, álcool, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.
As hepatites virais mais comuns são classificadas por letras do alfabeto (A, B, C, D e E), sendo as mais prevalentes no Brasil a A, B e C. A maioria das formas de apresentação das hepatites virais não apresentam sintomas, podendo cronificar (B,C e D), tornando milhões de pessoas portadoras e incorrendo em maior risco de cirrose hepática e câncer. O diagnóstico precoce diminui as chances de complicações.
Por isso, além da prevenção, é muito importante ir ao médico regularmente e manter seus exames em dia.
Prevenção
A Dra. Sarah Dellabianca, Infectologista do Centro Médico Montesanti, esclarece que a transmissão das hepatites virais pode ocorrer por meio de:
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- Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (hepatite A e E);
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- Contaminação sanguínea: compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (hepatite B, C e D)
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- Transmissão vertical: durante a gravidez e parto (hepatite B, C e D)
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Como os tratamentos para hepatite viral são apenas parcialmente eficazes, é muito importante adoção de medidas preventivas. Recomenda-se evitar contato com sangue infectado, sempre usar preservativo nas relações sexuais, manter a higiene pessoal, lavando bem especialmente as mãos e a região genital e perianal, lavar bem os alimentos crus e consumir apenas água potável.
Além disso, existem vacinas — inclusive disponíveis pelo SUS — para as hepatites do tipo A e B. Entretanto quem se vacina para o tipo B, se protege também para hepatite D. Para os demais tipos de vírus não há vacina e o tratamento é indicado pelo médico.
Sintomas e Diagnóstico
A Dra. Juliana Brasil, Hepatologista da MonteSanti explica que dentre as hepatites virais, apenas a hepatite A apresenta sintomas específicos, mas, assim como a maior parte das hepatites causadas por vírus, pode também ser silenciosa, o que reforça a necessidade de ir ao médico e realizar exames de rotina com regularidade. Quando a doença está mais avançada é que costumam aparecer os sintomas, sendo os mais comuns: febre, fraqueza, mal-estar, dor abdominal, náuseas, vômitos, perda de apetite, urina escura, icterícia e fezes esbranquiçadas.
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As hepatites virais podem ser confirmadas por meio de exames sorológicos – que detectam anticorpos no soro do paciente – e de biologia molecular – que identificam os vírus. O SUS oferece esses testes para diagnóstico das hepatites B e C e também disponibiliza tratamentos.
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Agende uma consulta médica caso apresente alguns dos sintomas.
Tratamento e cura
O Dr. Fernando Costa, gastroenterologista do Centro Médico MonteSanti, explica para a hepatite A, por exemplo, não há tratamento específico para o vírus. Trata-se de uma doença aguda e o tratamento se baseia em dieta e repouso. Geralmente o paciente melhora em algumas semanas e adquire imunidade, o que significa que não terá uma nova infecção.
O tratamento da hepatite B em geral consiste em medicamentos que diminuem a carga viral e ajudam a controlar a doença, evitando a evolução para cirrose e câncer.
Já a hepatite C tem cura em mais de 90% dos casos, a depender do genótipo do vírus, se o tratamento for seguido corretamente.
O Dr. Fernando finaliza ressaltando que “todas as formas de hepatites virais devem ser acompanhadas por um médico, pois as infecções podem se agravar.”